Os Zenobia podem ser , ainda, pouco conhecidos do público português, mas em Agosto, estarão presentes no XIIIº Milagre Metaleiro Open Air, onde não deixarão ninguém indiferente ao seu Heavy/Power Metal melódico.

Formada em La Rioja, em 2002, Zenobia surge da vontade de um grupo de cinco jovens em tocar o que em Espanha se chama “rock duro”. E é com a primeira formação (Jorge Berceo – voz e guitarra, Ángel – guitarra, Jorge Algarabide – baixo, Cristian – teclas e Asier – bateria) que dão os seus primeiros concertos em 2004, sendo muito bem acolhidos pelo público. Como resultado surge a gravação do seu primeiro álbum, lançado em março de 2005, “Luchando hasta el final”, cujo título é como que um código de honra para a banda.

Deste álbum fazem parte alguns dos temas memoráveis dos Zenobia, como é o caso de “Ante tus ojos”, uma daquelas baladas que nos revira o coração. No seguimento do lançamento do seu primeiro álbum, a banda foi escolhida para participar na 18ª edição do “Concurso pop-rock Villa de Bilbao” e “Luchando hasta el final” chega à América Latina. Mas a oportunidade de tocar na cidade tão desejada para todos os artistas e espanhóis, a capital Madrid, surge pela mão de um outro músico: Óscar Sancho Rubio, vocalista dos Lujuria, que os leva ao seu programa de radio, Rockcinante, na Radio Mariskal.

No final de agosto de 2006, Cristian deixa as teclas dos Zenobia, a uma semana de um concerto já agendado, data que a banda cumpre como quarteto. Nesta altura, com a banda a receber reconhecimento pelo seu trabalho, também Asier abandona as baquetas. Apesar do momento difícil, os restantes elementos seguem o lema “Luchando hasta el final” e decidem procurar novos músicos para a nova formação, que se apresenta em julho de 2007 com Iñaki (ex Tierra Santa) na bateria. A banda assume-se então como quarteto, deixando de parte as teclas.

Após o tempo necessário para consolidar a nova formação, surge, em abril de 2009, o segundo álbum “Alma de Fuego”, um trabalho que revela uma excelente evolução qualitativa.

Composto por 11 temas, “Alma de Fuego” é um álbum que remete a banda para uma sonoridade heavy metal mais clássico que o anterior, mantendo, no entanto, toda a sua identidade. A edição ficou a cargo da editora criada pela própria banda – “RM (Rock Music Entertainment)” – e é distribuído por Gor Discos, o que se revela uma escolha acertada pois “Alma de Fuego” atinge excelentes vendas a nível nacional, chegando a todos os lugares e a todos os seguidores da banda.

Com críticas extremamente positivas, inicia-se em Logroño, a “Alma de Fuego Tour”, partilhando palcos com grandes nomes da música espanhola, tal como Medina Azahara, Barón Rojo ou Saratoga. Nos últimos concertos e festivais da tournée, Iñaki deixa a banda, sendo a bateria dos Zenobia ocupada pelo seu anterior baterista, Asier Ramos e pelo jornalista Fran Gonzalo. Mas a banda precisa de um novo baterista residente e, em setembro, inicia os ensaios com Javier Herrero.

Chegamos a 2010 e os Zenobia, junto com os Dünedain, empreendem o ambicioso projecto “Unidos por el metal tour”, levando-os aos palcos de 20 cidades espanholas, incluindo a reconhecida Sala Caracol e a filmagem de um DVD ao vivo no II Soul Of Metal Festival, em Burgos. Como promoção desta tournée, as duas bandas lançam em conjunto um single, “Unidos por el Metal”.

Parece que as saídas de membros em plenas tours é já uma (menos boa) tradição nos Zenobia e desta vez foi o guitarrista Ángel que saiu, tendo sido substituído por Luis Vakero, músico de Zamora que já tinha acompanhado a banda em diversas ocasiões, tendo mesmo participado num concerto acústico.

No ano de 2012, a gravação de “Armageddon”, o seu terceiro álbum, sofre uma paragem devido a uma cirurgia de Javi Herrero, que o mantém afastado por uns meses. No entanto, aquando do regresso deste ao activo, o álbum é concluído, tal como previsto.

Este é também o momento em que a banda sente necessidade de se tornar mais profissional e decide incorporar o seu produtor Dan Díez como baixista.

“Forever” surge em 2014 e é um álbum de homenagem aos falecidos Ronnie James Dio e Steve Lee. Para além de conter canções dos artistas homenageados, é também uma pré-apresentação do que foi o álbum seguinte da banda. “Forever” conta com a colaboração de Víctor García (Warcry) e Tete Novoa (Saratoga). Inclui ainda uma versão da ária “Nessun Dorma” de Puccini.

O ano de 2015, marca o regresso dos Zenobia como quarteto, com a entrada de Victor de Andrés como único guitarrista. É também a fase mais rebelde e reivindicativa da banda, com o lançamento de “Supernova”, o álbum que a banda considera o mais completo da sua carreira. As letras de “Supernova” denunciam a corrupção, a violência de género, os totalitarismos e outros temas da actualidade. A capa, da autoria de Andreas Marschall, representa a explosão chamada supernova que origina o nascimento de uma nova estrela.

Para a apresentação de “Supernova” ao vivo, os Zenobia criam o seu próprio festival, o Supernova Fest e, pela primeira vez, visitam a América Latina com duas tournées, onde fazem vinte concertos por todo o México.

É também no México que, durante a tournée, se edita a compilação “Zenobia X Aniversário 2005 – 2015”, cujo êxito leva a que seja, posteriormente, editada em Espanha e disponibilizada em todas as plataformas digitais.

O ano de 2015 termina com o lançamento do álbum “Baladas”, para o qual a banda faz uma regravação de todas as suas baladas, dando-lhes um ambiente mais intimista, fazendo até versões acústicas de algumas delas.

“Alma de Fuego II”, de 2016 e a continuação do álbum lançado em 2009, é onde o guitarrista Victor de Andrés participa pela primeira vez na composição das músicas, e conta com a participação do membro mais recente da banda, o teclista Ernesto Arranz.

Lançado a 4 de setembro de 2020, o seu mais recente trabalho, “VI”, é o sexto álbum de estúdio e aquele em que Zenobia volta a ter seis elementos na sua formação. Uns meses antes do seu lançamento, a banda anuncia a saída de Victor de Andrés, que irá pertencer à formação actual dos Mägo de Oz e o regresso às duas guitarras com incorporação de Mario Suaréz e Marcos Lorente.