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Scarlet Records
Fevereiro 2021

Carlos Guimarães

Uma das grandes surpresas deste início do ano é “Attarghan” dos Glasya. Mais do que um disco, esta é uma banda sonora épica e majestosa que ilustra auditivamente a história de Attarghan, uma personagem situada na antiga Pérsia. Esta localização influencia também de sobremaneira a música neste disco, com a inclusão de elementos musicais do médio oriente, que se destacam em malhas como “Journey to Akhbar”, “Within the Sandstorm”, “Queen’s Temptation” ou “Eye to Eye, Sword to Sword”, por exemplo.

As narrações em spoken word que servem de interlúdio entre os temas enriquecem de sobremaneira um disco que consegue mesclar as já conhecidas influências de Nightwish com, por exemplo, uns Kamelot ou mesmo Avantasia. Estes últimos porque poderemos perfeitamente comparar este “Attarghan” a uma das óperas metal de Tobias Sammet, pelo número de participações vocais e pela grandiosa e imponente composição. Os convidados ajudam, e de que forma, a enriquecer os temas, com Caterina Nix (Chaos Magic), Marco Pastorino (Temperance), Corvus (Desire), Rim (Rest in Me), Lavínia Roseiro, Nélson Raposo, Inna Calori e Catarina Póvoas a contribuírem, cada um com diferentes pesos, no resultado final. Menção ainda para a produção de Fernando Matias que foi também peça fundamental para colocar este registo ao nível do que de melhor se faz no metal sinfónico a nível internacional. Um álbum que, a título pessoal, se posiciona como um dos mais fortes candidatos a disco do ano.

Glasya – “Attarghan”

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