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De 13 a 15 de junho o Recinto IFEZA em Zamora (Espanha) irá receber mais uma edição do Z! Live Rock Fest, um dos festivais com maior crescimento no nosso País vizinho.

Este ano poderão ver mais de 30 bandas divididas por 3 dias e 2 palcos com destaque para nomes como Europe, Doro ou Orden Ogan no dia 13, Kreator, HammerFall, Leprous ou Insomnium no dia 14 e Avantasia, KK’s Priest ou Paradise Lost no dia 15.

Os bilhetes e todas as informações sobre o festival estão disponíveis em https://zliverock.com/.

Pela experiência do Caminhos Metálicos, o Z Live é uma excelente opção para o público português pois, para além da qualidade do cartaz, Zamora fica a apenas 110 km de Bragança, 220 km de Vila Real e da Guarda e 310 km do Porto.

Horários do festival:

O Rui Podence, que acompanhará este ano o Z! Live para o Caminhos Metálicos, conversou com Andrés Cid Ledesma, Diretor de Comunicação do Z! Live:

Como surgiu a ideia de criar este festival?

“Há nove anos, um grupo de amigos reuniu-se com o desejo de encontrar um meio de  participar no movimento cultural que mais nos apaixona, o Heavy Metal, e, ao mesmo tempo, fazer algo para trazer um pouco de vida à nossa província, que é uma dos mais pobres e despovoadas de Espanha.

Combinando estes dois fatores, ficou claro que um festival de metal era a melhor opção, podendo tornar-se um motor económico para a zona.

E bom, depois de alguns anos de muito esforço e trabalho, o Z! tornou-se uma referência da música pesada na Península e é um dos eventos mais importantes da nossa província, tanto cultural como economicamente.”

 Que desafios enfrentaram ao criar um festival de metal?

“O primeiro grande desafio foi económico. É muito caro construir um festival, principalmente quando se pretende criar do zero um festival que seja o mais profissional possível e que ao mesmo tempo cuide do público como se fossem amigos que convidas para tua casa. É preciso prestar uma série de serviços que os ingressos e as bebidas dificilmente dão para pagar, e, as ajudas e patrocínios, quando começas, são quase inexistentes. Felizmente era algo com que já contávamos, e o nosso plano de médio prazo ajudou-nos a não desanimar nos primeiros anos. Em pouco tempo conseguimos um festival sustentável e essa forma de trabalhar está a permitir-nos crescer a cada ano.”

Que balanço fazes das edições até ao momento?

“A primeira edição, em 2016, foi um único dia de concertos com oito bandas espanholas e com Warcry como cabeça de cartaz, lembro-me que parecia uma programação enorme, lembro-me também que foi uma das noites de junho mais frias que já passei na minha vida.

De certa forma, pelo menos para mim, foi a edição mais difícil, foi a primeira vez que qualquer um de nós fez algo assim e queríamos fazer tudo perfeito, havia muito nervosismo até que a noite acabou, e precebemos que tudo tinha corrido bem. Desde então temos enfrentado grandes desafios todos os anos, conseguimos fazer duas edições durante a pandemia com o público sentado, acho que fomos o único festival em Espanha que fez as duas, e no ano passado salvamos o último dia do festival apesar da maior tempestade que passou por Zamora em pelo menos 50 anos. Se algo pode ser dito sobre a família Z! é que desistir não é para nós.”

Como recebeu a cidade de Zamora esta festa?

“No início poucos acreditaram e perceberam onde queríamos chegar. Com o passar do tempo entre nós e, sobretudo, o público que vem todos os anos fomos ganhando adeptos em Zamora e agora a grande maioria da cidade está encantada com a invasão de metaleiros a cada mês de Junho.”

Quais são os vossos planos para o futuro do festival?

A ideia é continuar a trabalhar passo a passo, como até aqui. O projeto Z!  On Tour está a tornar-se cada vez mais importante e este ano vamos atingir o nosso primeiro teto com o concerto exclusivo dos Dream Theater. Até 2025 a ideia é continuar a trabalhar como até aqui, aumentar o cartaz, se o pudermos pagar, mas acima de tudo melhorar os serviços que prestamos ao público.