O “Parasita” dos Peste Negra é destruição, é caos, é morte, é dor. “A arte da morte” dispara sobre o ouvinte flechas de death/grind que os Peste Negra têm na sua aljava. Letra direta ao assunto, tema clássico do metal extremo, agressividade sem limites e a partir deste momento, aprontamo-nos para a brutalidade que se segue…

Religião, violência e política são temas que a banda algarvia aborda neste álbum. “Máscara Capitalista” é uma crítica ao sistema capitalista e passa uma mensagem bastante clara. Os temas deste trabalho variam de forma um pouco oscilante entre si, na sua sonoridade. Acompanhamos puro death, algum death grind, algumas faixas mais eletrizantes, outras que contém riffs mais lentos, com todo o peso. Variar a sonoridade não é sinónimo de algo mau e neste “Parasita” resulta muito bem.

Como habitual, deixo nesta review aquele que é para mim o ponto alto do disco: “O lado eterno do mal”, um tema arrebatador. Sente-se o old school nas veias dos instrumentos. É um tema avassalador, com um solo que me deixou a querer mais, por ser um solo rápido, mas eficaz no death que os Peste Negra apresentam. O riff assenta-se naquilo que se quer numa faixa de peso e a bateria completa a onda de raiva que a música transmite.
Até ao fim do álbum, a qualidade e peso mantém-se mostrando que os Peste Negra estão prontos para derramar mais sangue no panorama do death grind português.